Febre – como tratar o doente melhor

Febre

Nunca trate seu medo, senão a doença que provoca a febre…

 

Febre é uma medida eficiente de todos os mamíferos para combater qualquer intruso no corpo. Trate sempre a causa da febre, não seu próprio medo

 

“Dê-me o poder de fazer febre e eu curo cada doença!” (Parmenides, médico grego, 520-460 a.C.)

“Eu seria o maior médico se pudesse facilmente produzir febre como também ele expelir.” (Boerhave, médico, 1668-1738 d.C., em uma famosa palestra em Leyden, Bélgica)

 

1. Não tenha medo de febre

Febre é definida como temperatura de 38° Celsius ou acima. Uma temperatura de 37,6 a 37,9° Celsius é definida como temperatura elevada. Temperaturas até 37,5° Celsius são consideradas normais.

Todos os mamíferos são capazes de fazer febre, aparentemente uma vantagem para se defender e sobreviver melhor nos centenas de milhões de anos de seleção natural: a febre faz a própria defesa mais tóxica, mais feroz contra qualquer intruso e enfraquece ele.
A febre não é a doença em si, senão o sinal de que a defesa do corpo funciona que ele faz seu trabalho que está lutando contra invasores para neutralizar eles.
Suprimir essa reação natural com medicamentos antitérmicos, pode ser errado – mesmo que a febre nos deixa com medo. Parece que pessoas são em geral mais saudáveis, menos atacados por doenças, quando deixam o corpo fazer o que ele precisa. Estatisticamente estas pessoas têm menos alergias, menos doenças auto-agressivas, menos câncer. Estima-se que o princípio do nosso corpo, que tudo funciona bem quando bem treinado, vale também no caso da febre.

Quero deixar bem claro:
Pessoas doentes que estão bastante fracas e abatidas já com uma temperatura de 38° Celsius, devem ganhar um antitérmico, seguido de um exame cuidadoso para encontrar a causa da febre.
Também crianças febris com crises conhecidas de convulsão (epilepsia), bebês recém-nascidos, pessoas idosas enfraquecidas por várias doenças – aí essa manobra do corpo atacado pode fazer mais mal que bem.
Não resta dúvida: nestes casos é preciso tratar a febre com um antitérmico.

Agora pessoas em geral saudáveis com febre até 39,5° Celsius, que se sentem quentes, mas pouco abatidas, devem tomar bastante líquido (água, água de coco, chá p.ex. de Boldo) e deixar o corpo reagir do jeito que ele melhor entende (observação: quando a urina fica amarelo-claro, o corpo tem bastante líquido).

Na dúvida – claro – sempre procure o médico.

Existem medidas que apoiam o corpo na sua ação defensora. Na maioria das vezes é bom de ajudar as intenções dele em vez de agir contra ele.
Quando o corpo p.ex. treme de frio, com mãos e pés gelados, é um banho quente dos pés, um escalda-pé, muito agradável e ajuda seu corpo de chegar rapidamente para o pico de temperatura programada por ele. Adicione lentamente mais água quente, até mãos, orelhas e nariz ficam quentes. Frequentemente vemos depois uma queda natural da temperatura, sem antitérmico, iniciada pelo corpo mesmo.
E quando o doente sente muito calor, ajudam aplicações de panos umedecidos em testa, pernas ou peito. As medidas devem sempre ser percebidas como agradáveis. Eles provocam reações saudáveis no corpo dele.
Na cura de crianças ajuda especialmente um banho de água com temperatura moderada até 38°C, assim que ela não sente frio nem calor. Deixe brincar a criança na banheira até ela se cansar. Vai ficar mais calma depois do banho e vai dormir melhor.

 

2. Promover a desintoxicação

A boa hidratação ajuda a desintoxicação

O segredo é oferecer ao doente líquido. De hora em hora, como uma chuva agrícola, que deixa a terra bem umedecida. Aí todas as células recebem o que precisam para poder acionar bem. Não muito de uma vez como uma chuva torrencial, inunda e desaparece rapidamente. Use com indicador a cor da urina. A urina com cor amarelo-claro indica hidratação suficiente.

Por quê?
O corpo doente produz durante a doença mais sustâncias nocivas e detritos que precisam ser eliminadas pelos rins. Com cada grau de febre aumenta a perda de líquido em forma de suor, pois pela pele elimina o corpo, ajudado pelos rins, todos os tóxicos: 1 litro de suor por cada grau de febre. O corpo evapora esse suor sem o doente notar (lat. perspiratio insensibilis).
A doença em si com edemas internos e a perda de líquido exigem do rim um trabalho forçado de concentração de urina para o corpo poder manter a circulação sanguínea.
Oferecer na situação de desidratação ainda analgesicos/antitérmicos, molesta o rins muito. Rins de idosos p.ex. podem sair com danos permanentes. Também as fezes serão mais secas provocando prisão de ventre.

 

3. Se o doente recusa a comida

Ele está certo!
Instintivamente, o doente se comporta adequadamente, pois a digestão está atrapalhada. O doente não precisa comer, não vai morrer de fome! Ele precisa tomar líquido.
Não ofereça a comida de dia-a-dia. Ofereça somente líquido ao paciente. Frequentemente água, água de coco ou chá e um caldo de carne bem preparado. Se for preciso, de colher em colher cada cinco minutos.
prepare o caldo com carne da preferência dele, bem picada, com sal, pimenta de reino, alho, cebola, cenoura, verduras, mas sem feijão. Após duas horas de cozimento tire toda a carne, gordura e verduras. Ofereça somente um caldo claro, a comida mais facilmente digerível pelo intestino.
Se o paciente ficar novamente com apetite, comece com uma dieta leve e em pequenas porções. Evite leite.
O ditado popular diz: “A coriza alimente, a febre deixe sem alimento” – Parece certo!

 

4. Deixe seu doente se recuperar em paz

O doente não deve começar seu dia-a-dia cedo demais. Mas ficar durante a doença o tempo todo na cama custa quanto mais idoso mais musculatura. E o tempo de recuperação será mais cumprido e mais difícil. É bom levantar-se da cama, fazer um pequeno passeio no jardim, na luz do dia, sentar-se numa poltrona e voltar para a cama ou rede, mesmo cansado. Não esqueça levantar novamente.

Somente se a febre passou e mais três dias de recuperação passaram, é bom de voltar aos quefazeres de costume.

 

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