Covid-19 – o que sabemos até hoje (revisão janeiro 2022)

Covid-19 – o que sabemos até hoje (revisão janeiro 2022)

Informação baseada em estudos diminui riscos e evita tratamentos milagreiros, potencialmente nocivos

 

“Temos um sistema imunitário maravilhoso, cientificamente ainda não por completo entendido, mas que funciona perfeitamente caso nós mesmos não travamos ele…”                                                 (Dr. Scholber, colega alemão)

 

Corona-vírus (Pixabay)

Resumo:

Covid-19 é uma doença completamente nova com caráter próprio e patofisiologia única, causada pelo RNA-vírus SARS-CoV-2, um novo coronavírus.

O vírus SARS-CoV-2 original e as primeiras variantes causam tromboses internas, inflamação em vasos e muitos órgãos e causa cicatrização forte nos pulmões.

Devido à modificações constantes da aparência e da propagação fácil e rápida o novo vírus e suas variantes não podem ser impedidos, somente desacelerados. Até na China, um país com regras bem mais rígidas que no Brasil, parece agora impossível conter todos os novos focos da doença.

 

Neste site genial você pode observar a situação atual da expansão das cepas diferentes em países atualmente relevantes (veja gráfico).

 

A família de vírus do tipo Corona é responsável pela maioria de resfriados no mundo todo. E novos resfriados aparecem sempre. Já isto explica porque as vacinas contra o coronavírus SARS-CoV-2 não protegem de vez para sempre. Como a vacina contra influenza (“gripe”) elas dão somente proteção contra as variantes atuais e similares, mas não contra cepas com modificações importantes da aparência externa.

Parece que contatos anteriores com outros tipos da família de Coronavírus ajudam a pré-programar o sistema imunitário para lidar mais “serenamente” com o novo SARS-CoV-2.

 

Ômicron

O nome Ômicron vem da letra “o” do alfabeto grego. A variante Ômicron é esta que no momento mais preocupa.
Ela parece tão infecciosa como catapora e a rapidez da propagação é bem maior que das outras cepas, também a da variante Delta. Já os sintomas da variante Delta são diferentes da Covid-19 clássica, parecendo mais a um resfrio comum pesado com dor de garganta e coriza fortes, dor de cabeça, dor muscular.

Ômicron não produz perda de olfato e paladar, não costuma de afetar os pulmões. Sinais característicos da Covid-19 causada por Ômicron são:

  • suores noturnos abundantes,
  • fadiga, cansaço
  • dor muscular, cefaleia
  • coriza com espirros e garganta irritada,
  • irritação intestinal.

 

Durante as quatro ondas de pandemia na Europa, cada vez com outra variante, foram hospitalizados na segunda onda 18%, na terceira 13% e na quarta 4% dos pacientes identificados com Covid-19.
Uma evolução grave tiveram 60% de pacientes infectados com a cepa Beta, 66% com a cepa Delta e 28% com a cepa Ômicron. Pacientes infectados com Ômicron tiveram em estudos uma predisposição 73% menor para desenvolver sintomas graves que pacientes infectados com a variante Delta.

Por isto as UTIs não parecem superlotados, mas as salas dos hospitais estão cheias com pacientes que ainda não precisam ser tratados em UTI. Outras terapias urgentes como cirurgias ou tratamentos de câncer não podem ser executados. Assim os hospitais perdem ingressos e estão frequentemente com dificuldades financeiras gravíssimas.

Covid-19 pode passar leve ou moderadamente, mas um tempo depois podem-se desenvolver danos persistentes que diminuem o funcionamento de coração, pulmões e/ou outros órgãos.

 

Para evitar tais evoluções, a primeira, segunda e terceira dose da vacina é essencial:

Um caso trágico na minha região Baden-Württemberg na Alemanha mostra que somente a vacina pode realmente proteger de uma evolução grave: em dezembro 2021 morreu pela variante Ômicron a metade de uma família inteira: primeiro o filho maior foi encontrado morto pelos pais no seu quarto (após “resfriado”), depois adoeceu e morreu a mãe e por último o pai. Todos não vacinados. Agora as quatro filhas do casal são órfãs.

 

Estudos da Inglaterra mostram que as vacinas protegem também contra a nova variante Ómicron: o risco de adoecer gravemente está em 70% reduzido em pessoas com a vacinação dupla e reforço.

Já foram encontrado causas porque a Covid-19 por Ômicron evolui em geral menos grave: por um lado o vírus prefere as vias aéreas superiores e não os pulmões como as variantes anteriores. Por outro lado Ômicron não parece capaz de impedir que as células infectadas produzam e secretem interferona, uma substância que ajuda a regular a resposta imunitária adequada.

O tempo de infecção com Ômicron até o aparecimento de sintomas é mais curto: somente 2 a 3 dias  (4 dias em Delta e 5 dias em variantes anteriores). Também o tempo até uma pessoa infectada pode infectar outras pessoas parece mais curto. Isto é algo positivo, pois variantes com tempo de geração mais curto desaparecem mais rapidamente. Assim o tempo de isolamento será também mais curto.

Segundo opinião de um infectologista alemão as ondas de novas cepas da Covid-19 serão no ano 2022 cada vez menos graves por se formar também uma imunidade básica na população, mistura de efeito de vacina e doença adquirida. Teremos assim talvez a chance em 2022 que a vida normalize mais.

 

Isolamento

Enquanto no SARS-CoV-2 original o perigo de infectar outras pessoas começa até uma semana antes, com tempo incerto de infectar após aparecerem os sintomas, termina o tempo de contagiosidade do Ômicron na maioria das pessoas 2 a 3 dias depois de apresentar sintomas da doença.

Terminar o próprio isolamento após ser testado positivo sem fazer um novo teste é um comportamento pouco social, pois colocaria a vida do próximo em risco. Lembramos: a liberdade do indivíduo termina, onde afeta a liberdade de outros indivíduos.

Caso que uma pessoa infectada e adoentada não apresenta mais sintomas, o tempo recomendado de isolamento pode ser reduzido de 10 a 5 dias. Base desta recomendação são novas informações do Ministério de Saúde americano CDC.
Este tempo é somente recomendado quando a pessoa infectada, já sem sintomas, usa durante mais 5 dias máscara na presença de outras pessoas, de preferência do tipo KN95 ou FFP. Uma alternativa é um teste PCR negativo.

Cientistas da Alemanha discordam e continuam com a recomendação de 7 e 10 dias de isolamento.

 

Vacinas

Já antes do começo de sintomas, quando os pacientes ainda não sabem que são infectados, eles espalham o vírus por exalação narina, fala e tosse. Isto tem um papel importante para a propagação fácil do vírus. Em testes laboratoriais encontra-se ainda na fase assintomática (3 a 5 dias antes do começo de sintomas) um pico da carga viral na área nasofaringeal.
Por causa do alto potencial de infectar das variantes Delta e Ômicron continua o uso de máscara recomendado em ambiente fechado ou na presença de outras pessoas, mesmo em presença de pessoas completamente vacinadas.

Quanto mais pessoas vacinadas, menos casos graves tem, mesmo com número de infectados aumentando. Quanto maior a parte de população completamente vacinada com uma vacina eficaz, menor a chance de uma cepa do vírus SARS-CoV-2 se modificar e propagar.

Veja estes considerações respeito a um vírus em geral e ao vírus SARS-CoV-2 em especial:

  1. Variantes de um vírus desenvolvem-se sempre e por toda a parte
  2. Quanto maior o número de suscetíveis, mais infecções e mais variantes
  3. Diferentes cepas prevalecem caso que tenham uma vantagem pela própria mutação. Caso contrário não vão para frente.
  4. Vantagens no sentido do item 3 são: reprodução mais rápida e/ou maior capacidade de infectar
  5. Para a vantagem evolucionária não importa de antemão, se as variantes levam a evoluções mais graves ou a mais morte.
  6. Quanto mais indivíduos sem vacinação, mais suscetíveis serão infectados no sentido do item 2
  7. Não existe mutação direcionada no sentido que um vírus consciente e intencionalmente seja capaz de escapar da proteção individual, aplicada pela vacina
  8. A tese que vacinas forçariam um vírus para produzir mais mutações, é publicada p.ex. por Geert vanden Bossche. A tese circula em mídias de pessoas que são contrárias à vacinas. Mas esta teoria não tem fundo. E encontram forte oposição pelo mundo científico.
  9. Segundo todos os estudos sérios protege a vacina o indivíduo consistentemente no mínimo de evoluções graves, com menos risco de estadia em UTI ou morte
  10. A vacina protege também o sistema de saúde de sobrecarga e de UTIs transbordantes
  11. Assim a vacina danifica o sistema de INSS por parcialmente impedir a morte precoce
  12. E aí estamos com as preocupações éticas: fazer nada ou vacinar e aplicar reforço como alternativa? – A resposta é clara.
Resumo: Dependendo do estado imunitário do indivíduo a vacina não é sempre capaz de evitar que a pessoa vacinada adoece, mas o número de pacientes hospitalizados e o número de pacientes mortos é drasticamente reduzido.

 

Recomendações para mulheres grávidas, jovens e crianças

Grávidas tem um risco maior de adoecer gravemente com SARS-CoV-2. A vacina completa com três aplicações é necessária e não traz maiores riscos para elas ou para o feto. A vacina não aparece no leite materno. Ao contrário aparecem os anticorpos protetores, criados pela mãe, no leite e protegem o bebê.

Grávidas devem ser vacinadas. O sentido da vacinação é
1. evitar complicações severas da Covid-19 e morte de mulheres grávidas ou a amamentar
2. Evitar complicações da gravidez desnecessárias para as mulheres
3. Evitar complicações fetais ou neonatais por infecção com o vírus SARS-CoV-19.

Esta é a recomendação da comissão alemã para avaliação de vacinas (STIKO):
1. Começar com a vacinação no segundo trimestre. Mulheres que receberam a primeira vacina e engravidaram depois, devem tomar a segunda e terceira dose no segundo trimestre.
2. Usar de preferência as vacinas de BioNTech (Comirnaty; intervalo entre as duas vacinas 3 a 6 semanas) e Moderna (Spikevax; intervalo entre as duas vacinas 4 a 6 semanas)

Crianças e adolescentes tem em geral um risco menor de se infectar com SARS-CoV-2 devido à menos receptores ACE-2 nas narinas nesta idade, também passa a doença em geral mais leve neles e deixa uma resposta imunitária robusta, supostamente em consequência do sistema imunitário menos bloqueado ainda.

Mas já pequenas festas de família, p.ex. uma festa de aniversário de uma criança, podem aumentar a incidência de infecções numa região.
Umas crianças tem um risco bastante elevado de adquirir uma doença psiquiátrica devido ao isolamento no lockdown.
Quanto mais rápido se pode voltar à vida normal, menos perigo de adoecer pelo isolamento. Isto é um argumento para a vacinação de crianças e adultos e para a proteção dos adultos no seu arredor.

 

Antes ou logo depois da vacina não use Paracetamol, Dipirona ou anti-inflamatórios

É fortemente recomendado não usar analgésicos ou anti-inflamatórios como Ibuprofeno, Meloxicam, Diclofenaco etc. pelo menos não nas primeiras 8 horas depois de ser vacinado.
Nesta fase notificam células da defesa imunitária o antigênio, aplicado na vacina, e informam as células produtoras de anticorpos. Segundo estudos dificulta o uso de um analgésico a resposta imunitária e a produção de anticorpos neutralizantes.

Pessoalmente acho que nenhum medicamento deve ser usado, pois uma dor local, inchação do braço, moleza e a sensação de ser gripado após vacinação são sinais de um sistema em função adequada. O que queremos, é uma resposta imunitária forte, robusta e confiável.

 

Temos três tipos de vacina Anti-Covid-19

No momento todas as empresas atualizam suas vacinas para servirem também nas novas cepas.

  1. Vacina de adsorção (p.ex. a chinesa Coronavac/Sinovac: tem partes adsorvidas, inativadas do vírus). O efeito imunizante é comparável com o efeito da vacina contra influenza (gripe)
  2. Vacina por vector (p.ex. da AstraZeneca, da Janssen (Johnson & Johnson) e a Sputnik V: um vírus inofensivo carrega a informação genética dos “chifres” do vírus (spikes). A vacina de AstraZeneca é testada em crianças e jovens. A resposta imunitária é boa.
    Comparada com a taxa natural de tromboses pela Covid-19 é a taxa após vacinação com AstraZeneca e Janssen quase não existente, mas pode acontecer em mulheres abaixo de 60 anos que menstruam. Recomenda-se por isso AstraZeneca e Janssen para idosos acima de 60 anos para ambos os sexos e para homens acima de 18 anos.
    A OMS e todos os cientistas informam que o benefício da vacina é incomparavelmente maior que um possível dano e continuam na recomendação da vacina de AtraZeneca e Janssen.
  3. Vacina mRNA (p.ex. da BioNTechPfizer e Moderna: a informação genética (mRNA) dos “spikes” não está dentro de um vetor, senão envolto numa gotinha de lipoides [um tipo de gordura] para não ser logo destruído pela defesa). Vacinas do tipo mRNA parecem produzir uma resposta imunitária robusta no corpo.
    Os dados sobre BioNTech-Pfizer e Moderna mostram boa proteção pela vacina também em caso de infecção com a cepa Delta (88%) e relativamente boa em caso de Ômicron.
    A EMA, organização europeia de segurança de medicamentos, recomendou a vacina da BioNTech-Pfizer para jovens acima de 5 anos e para adultos. Da Moderna espera-se que estudos mostrarão uma eficácia similar.

 

Já existem estudos com outras vacinas, p.ex. com spray nasal e gotas orais. Esperemos que a ciência avance e traga novas terapias, profiláticas e terapêuticas.

A ONU recomendou agora uma combinação de anticorpos eficientes, mas infelizmente muito caros (Casirivimab + Imdevimab) no tratamento precoce em pacientes com Covid-19, onde um desenvolvimento perigoso ou fatal é de esperar por serem portadores de risco grave.

Para uso em pessoas infectadas com risco elevado existem nos EEUU agora dois tipos de comprimidos para evitar uma evolução grave (Paxlovid ® da Pfizer e Molnupiravir da MSD/Merck). Pfizer promete até 89% menor incidência de hospitalizações e mortes. Os comprimidos não são vendidos ainda no Brasil. 

É importante saber que a vacinação completa com três injeções (2x vacinação básica + reforço) não evita infecção com o coronavírus, mas evita evoluções severas ou morte

 

Possíveis efeitos colaterais das vacinas

Os efeitos colaterais da vacina mais frequentes foram dor e irritação da pele no local da injeção, febre (temperatura acima de 38°C), moleza e dor de cabeça, calafrio, sintomas gastrointestinais e dor muscular e articular.
São sinais de acumulação de células da defesa ativada no arredor da vacina aplicada. Efeitos desagradáveis, mas não prejudiciais. Mostrando a reação de um sistema imunitário forte. Um efeito esperado.

Infelizmente também pessoas completamente vacinadas com a vacina de BioNTech/Pfizer podem se infectar com uma nova cepa do SARS-CoV-2. Os sintomas de adoentados são em geral leves.
A grande maioria dos vacinados não percebe a infecção com uma nova cepa. Pessoas tratadas em UTIs são geralmente as não vacinadas.

Para minimizar o perigo de tais evoluções, a segunda e terceira dose da vacina é essencial.

 

Processos inflamatórios tem um papel importante na Covid-19

O fator mais importante na Covid parece ser a desregulação do sistema imunitário, até agora nunca vista assim em outras doenças. O efeito de desregulação imunitária pode causar endotelite (inflamação do “papel da parede dos vasos”) e pode ser a causa de sintomas prolongados ou persistentes.

Pacientes com sequelas preexistentes: Um risco elevado para a morte associada à Covid existe como já esperado em pessoas idosas por causa do envelhecimento / enfraquecimento do sistema imunitário (imunossenscência). Estatisticamente é a mortalidade por Covid na idade acima de 65 anos 3,49 vezes maior que abaixo de 65 anos.

Um risco elevado para a morte associada à Covid existe também em pacientes com doenças inflamatórias crônicas pré-existentes (p.ex. Tabagismo, Diabetes, Pressão alta, Obesidade, doenças intestinais ou reumatológicas) e em pacientes com fatores geneticamente determinados. Importante que estas pessoas continuem com suas medicações prescritas para não agravar a doença.

Pessoas com perfil de risco e por isto com pouca produção de anticorpos neutralizantes pelas vacinas, podem adoecer com a Covid-10 e desenvolver sintomas mais fortes, até sintomas de Long-Covid.

 

Covid-19 aguda, Long-Covid e Síndrome pós-Covid

Independentemente de uma evolução grave ou leve pode cada décimo paciente desenvolver sequelas da síndrome long-Covid ou pós-Covid.

Diferenciamos a fase aguda da Covid-19 (4 semanas), a fase Long-Covid (4 a 12 semanas com sintomas persistentes da fase aguda) e a fase da síndrome pós-Covid (acima de 12 semanas) com aparencia de lesões permanentes nos órgãos, seja rim, pulmão, coração ou sistema nervoso central e periférico. Também em pessoas antes aparentemente saudáveis ​​e produtivas. Os sintomas das doenças pós-Covid dependem do órgão afetado.

Pessoas não vacinadas desenvolvem em comparação com pessoas vacinadas bem mais frequentemente um síndrome pós-Covid-19.
Tem várias observações que a vacinação completa pode proteger de uma Long-Covid.

As sequelas pós-Covid mais comuns foram

  1. Mobilidade dificultada devido à fraqueza muscular e fadiga
  2. Dor no corpo, especialmente dor de cabeça
  3. Falta de ar (dispneia) por doença pulmonar e/ou cardíaca, taquicardia, palpitações do coração. O SARS-CoV-2 é um vírus “cicatrizante” que pode provocar fibrose nos pulmões.
  4. Insônia e outros distúrbios do sono
  5. Ansiedade e depressão, vertigem, tremores
  6. Neblina na cabeça (brain fog), dificuldade de atenção, sintomas de cognição e concentração. Observa-se em pacientes com Covid-19, tratados em UTI com respiração assistida, um pré-envelhecimento do cérebro de 10 anos com sequelas  na rapidez e na capacidade do pensamento lógico. Este pré-envelhecimento é mais forte que em pacientes após AVC.
  7. Novas doenças da pele, queda de cabelo (um sintoma passageiro comum após stress no corpo p.ex. por inflamação, infecção ou emoção)

 

Em 66,7% de pacientes com Long-Covid encontrou-se uma reativação do Epstein-Barr-Vírus (EBV) durante ou pouco depois da infecção com o corona-vírus, supostamente causada pela fraqueza imunitária aguda).

Outros autores encontraram após doença aguda, mas relativamente branda com Covid-19 sintomas cognitivas e afetivas associados à anticorpos persistentes específicos para SARS-CoV-2 no liquor (soro do cérebro, enquanto o laboratório mostrou apenas como sinal de inflamação uma PCR (proteína C-reativa) levemente elevada e uma imagem normal do cérebro por ressonância magnética. Um estudo mais novo encontrou autoanticorpos similares a estes que produzem doenças reumáticas.
O síndrome de Guillain-Barré pode aparecer após cada outra infecção viral e é possível também em pessoas infectadas com o SARS-CoV-2. Este síndrome é caracterizado por paralisia progressiva que em geral começa nas pernas e sobe até o pescoço. é impossível adquirir um síndrome de Guillain-Barré pela aplicação de uma vacina.

A boa notícia: Uma única injeção de vacina Anti-Covid termina em 23% das pessoas o sofrimento pós-Covid (ou Long-Covid).

 

Existem duas fases da doença, cada uma com necessidade de tratamento diferente

A primeira fase é essa da replicação do vírus no corpo. Precisa-se nesta fase medicamentos que impedem a replicação do vírus. Na segunda fase domina a resposta imunitária do corpo. Esta pode ser normal ou exagerada, dependendo da eficácia do sistema imunitário.
Usar corticoides orais ou endovenosos na fase de replicação do vírus reprime a defesa e facilita assim a proliferação do vírus. Acho o uso de corticoides nesta fase da doença contraindicado.
Exceção: Budesonida inalada
(800 mcg 2x/dia) logo no começo da doença parece prevenir evoluções mais graves e reduzir o tempo da doença).

 

Recomendações para pessoas com imunossupressão por doença e por tratamento médico

Todas as vacinas recomendadas podem ser aplicadas em pessoas com imunodeficiência, causada por doença ou por tratamento médico.

As vacinas de AstraZeneca, Johnson & Johnson e Sputnik V contém sim um vírus vivo, mas inofensivo. Todas as sociedades médicas estão de acordo que pessoas com imunodeficiência por doença ou por tratamento médico podem ser tratadas com estas três vacinas.

Vacinas de adsorção e vacinas-mRNA são vacinas de material inativado, não contém algum vírus infeccioso. Também com elas podem pessoas com doença imunosuppressiva ou pessoas com tratamento imunosuppressivo ser vacinadas.

Nenhuma das vacinas está testada em pessoas com imunossuppressão respeito à imunogenidade, segurança e eficácia. É de esperar que a eficácia da vacina possa ser diminuída dependendo do tipo de doença ou do grau da imunosuppressão.

Considerada a segurança, espera-se nenhuma redução.

Quanto mais forte o sistema de defesa do paciente durante o tempo previsto da vacinação, mais eficácia da vacina se espera. No momento de vacinação deseja-se a supressão menor possível do sistema imunitário.

Para ter o máximo de eficácia pela vacina:

Em caso de terapias com medicamentos imunossuppressivos (anti-TNF, anti-IL-17 ou anti-IL-23) recomenda-se vacinar nos intervalos entre os dias de terapia (injeção).
Durante uma terapia com Azatioprina desenvolve uma grande parte dos pacientes níveis protetivos de anticorpos contra a doença antipneumocócica e contra a doença do tétano.

Durante uma terapia com Metotrexato em dose diminuída forma-se em pacientes com defesa reduzida normalmente uma resposta imunitária satisfatória. Mas agora encontraram pesquisadores dos EEUU e Alemanha uma resposta imunitária reduzida em pacientes com uso de MTX e vacinação com a vacina de BioNTech. A publicação é ainda um “preprent“, uma publicação não contestada que precisa ser verificada. Ela é feita com relativamente poucos pacientes. Mas talvez seja necessário aplicar uma terceira dose da vacina ou parar MTX durante pouco tempo para receber uma resposta imunitária satisfatória.

Possivelmente outra exceção é o tratamento com o anticorpo Rituximabe, um anticorpo anti-CD-20, pois vacinas contra a doença antipneumocócica ou contra a doença do tétano geram somente uma resposta imunitária reduzida durante uma terapia com Rituximabe. Para ganhar uma melhor resposta imunitária deve se considerar talvez uma pausa de terapia ou uma modificação da terapia.

É assim preciso coordenar o dia da vacinação com seu especialista para ter um bom efeito da vacina.

 

Covid – usem mascara

Continue com a profilaxia como melhor opção

  • Manter distância, evitar aglomerações
  • Lavar frequentemente as mãos com sabão
  • Usar uma máscara (lembre: com máscara é mais seguro que sem máscara)
  • Manter distância de pessoas infectadas. Também fique afastado em caso de infectados na própria casa
  • Em caso de suspeito ou dúvida faça o teste na próxima sentinela
  • Em caso de mal-estar pesado e/ou falta de ar vá logo ao médico. Quanto mais cedo a doença diagnosticada e tratada, melhor

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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