DPOC – a doença pulmonar obstrutiva crônica

DPOC – a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Entender esta doença, tratar ela melhor

 

DPOC é uma doença crônica e progressiva em pessoas que inalam fumaça. É uma doença inflamatória dos pulmões causada

  1. Pela agressividade química da fumaça inalada, seja cigarro ou fogo aberto na cozinha
  2. pela inflamação e degeneração aceleradas dos pulmões, especialmente em mulheres
  3. pela alteração do processo de autolimpamento.

 

Pensando em DPOC, imaginamos homens idosos fumadores. Erro grande.
Já que muitas mulheres começaram fumar nas últimas décadas, morrem agora mais mulheres que homens pela DPOC. A causa: os tecidos do trato respiratório de mulheres parecem mais sensíveis que os de homens aos venenos na fumaça de cigarro. Esta sensibilidade aumentada tem a ver com a quantia de Estradiol, um hormônio que mulheres tem mais que homens.
Nós médicos precisamos nós atualizar e pensar mais em DPOC e menos em asma, quando vemos uma mulher fumante com tosse e falta de ar. A diferenciação é facilmente feita com provas respiratórias funcionais.

 

A DPOC pode ser controlada somente pela parada completa de inalação de fumaça. Uma cura completa é impossível.

Caso que a pessoa com DPOC continua com a inalação, a doença nem pode ser bem tratada e continua piorando. No fim o paciente morre asfixiado. Mas teria pela genética individual ainda bastante tempo de vida na frente.

 

DPOC: desenho da website de wikipedia.com

Não se deve confundir DPOC com a asma

O asmático tem suas crises com falta de ar especialmente a noite e na madrugada, enquanto o paciente com DPOC geralmente não sente falta de ar durante a noite.
O paciente com DPOC precisa tempo para tossir todo seu catarro para fora. Quanto mais tempo ele precisa pela manhã, mais avançada está a doença.

 

Em geral são comprimidos com cortisona não aconselháveis para o tratamento da DPOC

Comprimidos no máximo durante três dias em caso de piora aguda. O tratamento correto é sempre por inalação.

A DPOC não tem nada a ver com asma e inflamação alérgica. DPOC é caracterizada por inflamação bacteriana, com neutrófilos em catarro bronquial e escarro.
O tratamento principal da DPOC consiste em relaxamento do espasmo bronquial, o que permite a libertação de catarro e facilita a respiração.

Explicação: catarro é o alimento preferido de bactérias, que vivem bem neste ambiente úmido e bem temperado.
Em condições normais, com pouco ou quase nada de catarro, nem notamos a existência deles. Com bastante catarro, consequência de irritação e inflamação dos brônquios pela fumaça, temos uma cobaia perfeita para criar estas bactérias.
Elas se multiplicam neste ambiente tão apropriado e transformam o catarro, no começo um líquido limpo, num caldo irritante, mau-cheiroso, cheio de bactérias e do detrito delas.
A quantia maior de catarro, da comida das bactérias, permite a reprodução descontrolada delas. E em consequência a inflamação dos brônquios. Facilmente pode-se desenvolver uma pneumonia.

Fumaça e catarro infectado não irritam e inflamam somente a mucosa dos brônquios, mas também os músculos dos brônquios abaixo da mucosa e todas as outras estruturas mais finas do pulmão. Músculos brônquicos irritados contraem-se facilmente. Daí o espasmo bronquial com dificultação de respiração e saída de catarro.
Começa uma roda-viva daninha: mais catarro – mais bactérias – mais inflamação – mais espasmo – mais catarro etc.

 

DPOC – os brônquios inflamados e cheios de catarro

O tratamento correto da DPOC

consiste em
1. parar com a irritação e inflamação provocadas pela fumaça,
2. relaxar a musculatura bronquial com a inalação de medicamentos de longa ação, p.ex. Formoterol
3. Inalações diárias com soro fisiológico ou Manitol para deixar o catarro mais líquido.
4. permitir assim a saída de catarro.

Os médicos bem antes do nosso tempo já sabiam, que ninguém tem espasmo bronquial que não tem também um problema inflamatório crônico nos seios da face.

Tratar continuamente a inflamação crônica dos seios maxilares, frontais e etmoidais ajuda a diminuir as crises da DPOC. Fale com seu médico e peça um tratamento.

Em uns casos é preciso fazer a profilaxia de pneumonia com certos antibióticos, administrado p.ex. 3x/semana.

 

Importante para a longevidade do paciente com DPOC são dois fatores:

  • a quantia de massa muscular
  • a qualidade da alimentação. Alimentação saudável diminui o risco de DPOC em aproximadamente 33%. Em outras palavras: um terço da doença DPOC pode ser evitada com alimentação saudável.
    Especialmente saudável para a saúde pulmonar são: maçã, tomate, banana, açafrão da terra (ou curcuma em pó), gengibre, cebola e alho.
1. A quantia de massa muscular:

A DPOC está caracterizada pelo aumento de esforço muscular para poder respirar e pela inflamação crônica, que desperdiça muita energia (hipermetabolismo). Com o progresso da doença e estrago dos pulmões aumenta este esforço de se abastecer com o oxigênio necessário desmesuradamente .

A inflamação crônica desestimula a vontade de comer. Para ganhar  bastante energia, o corpo transforma pouco a pouco todas as reservas em energia, por último também a musculatura. Finalmente chega o corpo na situação de ter que gastar a musculatura, que precisa para respirar. Aí o corpo começa se asfixiar.

Atividade corporal é essencial. Treinamento corporal resistido aumenta a massa muscular e assim a capacidade de respirar e tossir. Aumenta assim o tempo de vida e a qualidade de vida. Observação: A falta de ar durante o esforço seduz facilmente para deixar o treinamento.  Caso o paciente não treinar, a doença progride mais rapidamente.

Uma das propriedades de todos os tipos de cortisona (corticosteroides) é a gluconeogenese, a transformação de massa muscular em açúcar. Por esta causa o uso de todo tipo de cortisona geralmente (!) não está aconselhável em caso da DPOC, mesmo em caso de pneumonia. Pneumonia é uma consequência frequente desta doença.
Lembre: Todo tipo de corticosteroides acelera a perda da musculatura corporal e assim a perda de força. E aumenta o perigo de asfixia precoce.

2. A qualidade da alimentação:

Estudos mostram que pacientes com DPOC tem a função pulmonar melhor, caso se alimentam com padrão saudável. Quer dizer também: sem alimentos industrializados. Muitas verduras, leguminosas, frutas em vez de sucos, nozes e gorduras saudáveis como óleo de Oliva, azeite de Canola ou de linhaça. Com produtos de cereais integrais e com água em vez de álcool ou refrigerantes. Com mais feijão, uma proteína vegetal excelente, e com mais pouca carne (em 1 a 2 dias/semana). Especialmente o alto consumo de carne processada tem efeitos nocivos sobre o corpo.

 

Como viver mais seguro com a doença DPOC?

A pesar de se despedir do tabagismo e ser corporalmente ativo todo dia é preciso evitar as pneumonias. Elas são o resultado do desequilíbrio entre defesa corporal e ataques do mundo externo: sabe-se que a maioria das pneumonia por bactéria começa como infecção viral.

Já que uma infecção viral cria inflamação no corpo todo e diminui temporariamente a resistência da defesa, a quantia de catarro e a dificuldade da autolimpeza dos brônquios facilita a formação de uma pneumonia.

Vacinas para impedir, dificultar ou amenizar infecções virais mostraram eficácia máxima em impedir tais pneumonias.

Esta proteção não serve somente para pacientes com DPOC, senão para cada idoso acima de 60 anos. 

Especialmente recomendáveis são as vacinas contra:

  • Influenza (Gripe) anualmente,
  • Pneumococo,
  • COVID-19 anualmente,
  • Coqueluche,
  • Cobreiro (Herpes zoster)
  • Vírus sincicial respiratório (RSV)

 

Aqui uma observação própria

A medicina moderna não considera como importante a evacuação intestinal regular. Mas já 4.000 anos antes de Cristo sabia a medicina chinesa tradicional das relações do meridiano do pulmão (Taiyin) e do intestino grosso, do cólon (Yangming), e das relações de problemas intestinais e doenças do pulmão.

Você pensou jamais em fazer uma lavagem intestinal? Dessa que é necessária antes de fazer uma colonoscopia? Muitos pacientes informam que depois desapareceram muitos sintomas corporais (pessoas debilitadas precisam talvez acompanhamento médico).

 

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