Queda de cabelo – vou ficar calva?

Queda de cabelo – vou ficar calva?

Dicas para ficar com muito cabelo e muita saúde

 

Quem não se assusta, quando a escova é cheia de cabelo?

 

Ao examinar pacientes doentes, é útil começar o exame corporal na cabeça.

Quando vejo mulheres com tão pouco cabelo como na foto do lado, penso primeiro em falta de ferro e anemia, já que mulheres costumam de menstruar. Especialmente mulheres com menstruação excessiva perdem muito ferro. E tem também mulheres que costumam comer mal.

Falta de ferro é a causa mais comum para queda difusa de cabelo (alopecia difusa).

 

Mas 40% das mulheres tem queda de cabelo sem falta de ferro.
Aí a queda está na maioria das vezes relacionada à distúrbios hormonais (alopecia androgenêtica).

Outra causa importante é o excesso de tratamento, p.ex. por tintas de cabelo ou calor excessivo.

 

Mesmo se a indústria clamar: falta de vitaminas como p.ex. Biotina é quase nunca (!) a causa da queda de cabelo.

 

O responsável na chamada “alopecia androgenêtica” (queda de cabelo do tipo masculino) é um hormônio sexual com o nome de Dihidrotestosterona (DHT), derivado do hormônio Testosterona. A enzima que transforma Testosterona em Dihidrotestosterona tem o nome de 5-alfa-redutase. Homens e mulheres têm Testosterona e DHT, homens em quantidade bem maior que mulheres.

 

Di-hidrotestosterona diminui a alimentação da raiz do cabelo
Di-hidrotestosterona diminui a alimentação da raiz do cabelo

Quando Dihidrotestosterona liga aos receptores dos folículos de cabelo,

  1. a raiz do cabelo diminui,
  2. os vasos de alimentação se retraem, resulta falta de nutrientes,
  3. a fase de crescimento encurta, o cabelo cai antes do tempo e o próximo cabelo será mais fino.
  4. Homens e mulheres com receptores mais sensíveis para Dihidrotestosterona perdem seu cabelo mais rápido (alopecia androgenêtica) que pessoas com receptores menos sensíveis.

 

 

Estádio de crescimento de cabelo púbico Tanner 5 (normal) e Tanner 6 (tipo masculino)

Mulheres com alopecia androgenêtica frequentemente notam também outras sintomas como aumento de cabelo nas coxas e pernas, antebraços, barriga e rosto.

A terapia corriqueira para mulheres com queda forte de cabelo é o uso de um anticoncepcional com p.ex. Acetato de Ciproterona, um tipo de hormônio desenhado para reduzir este efeito androgênico.
Ciproterona é usado também em pessoas com finalidade de diminuir o apetite sexual.

 

 

Existem alternativas para homens e mulheres para o tratamento local como loções para o couro cabeludo, p.ex. com Alfa-Estradiol, um hormônio não feminilizante, ou Minoxidil, um medicamento originalmente desenhado para tratar a pressão alta.

Finasterida é um bloqueador da enzima 5-alfa-redutase, responsável por transformar a Testosterona em Dihidrotestosterona.
É usado em homens em dosagem de 1mg/dia para diminuir a queda de cabelo e calvície. Infelizmente bloqueia Finasterida assim um hormônio que homens precisam para se sentir fortes, felizes e confiantes. Pelo uso podem resultar diminuição de fertilidade e depressões que podem perdurar após terminar o uso do medicamento.

Em mulheres a prescrição de Finasterida é proibida pelo risco de má-formação fetal em mulheres grávidas. Mulheres que já se encontram na menopausa talvez podem se beneficiar do medicamento. A dose de 1mg Finasterida não basta para estas mulheres, elas precisam no mínimo 2,5mg/dia para ver alguma eficácia. Os efeitos colaterais podem ser os mesmos como em homens.

Eu mesmo não prescrevo este medicamento.

 

Quero chegar ao assunto e permito-me fazer umas recomendações que gostaria que cada mulher e homem tivesse em sua mente

Ultrassonografia de ovários policísticos: um sinal de resistência a Insulina

A natureza nós preparou para a busca de comida, como todos os outros seres vivos. Já que não temos raízes nem asas ou nadadeiras, estamos previstos para buscar nossa comida caminhando. Com os movimentos corporais mais variados, todo o dia. O indivíduo que não obedece aos próprios mandamentos genéticos perderá mais cedo ou mais tarde a própria saúde.

O nosso metabolismo é geneticamente adaptado à vida austera e dura dos antepassados. E ainda não adaptado à fartura interminável de hoje com sedentarismo por falta de fome real.

Queda de cabelo do tipo masculino é muitas vezes associada à síndrome de ovários policísticos (SOP), causa frequente para infertilidade e outros transtornos ginecológicos.

Trata-se de uma síndrome na maioria das vezes relacionada ao estilo de vida. É um sinal do metabolismo de glicose já alterado. A resistência à insulina e o nível alto de insulina são as causas principais da síndrome.

 

Ao fazer exames corporais vejo muitas mulheres jovens ou de média idade, pálidas, frequentemente com ansiedade ou depressão, com dores por postura destreinada.

E muitas delas com aquele pelo pubiano do tipo masculino crescendo na barriga. Aí pergunto elas, se o ginecologista já encontrou uma modificação patológica dos ovários, os chamados ovários policísticos, pois somente o tratamento adequado evitará que os ovários se transformem em bolas de folículos inúteis, assim diminuindo ou apagando a possibilidade de engravidar.

 

O tratamento básico que sempre deve acompanhar algum tratamento médico é a mudança do estilo de vida que levou à doença.

Lembremos: toda doença corporal ou psíquica, seja ansiedade ou psicose, precisa da mudança do estilo de vida para ter a chance maior de ficar bom:
Movimento corporal, luz de dia na pele, bastante sono reconfortante e alimentação adequada são as recomendações de psiquiatras entendidos.

 

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