Diabetes – oito teses para se manter saudável
Como funciona o nosso corpo
“Tudo é veneno e nada é sem veneno; somente a quantia faz que uma coisa não é veneno” (Paracelsus, médico, 1493-1541)
“Atividade física deve ser praticada hoje como comer, beber, trabalhar, lavar a boca, descansar. De preferência à tarde ou noite” (Dr. med. Ana Mirian Groh)

Se você lê estas informações sobre atividades cotidianas, tenha fé, pois nunca é tarde.
Vejo muitas pessoas com péssima qualidade de vida achando que a dor diária, o Diabetes e os danos p.ex. por um AVC recente nunca mais podem melhorar.
Estas pessoas não sabem que nosso corpo e nosso cérebro se adaptam, formam e reformam todo dia durante 24 horas.
Tese 1:
O nosso corpo é criado pela natureza só para dois fins: poder buscar comida e procriar.
As plantas procuram seu sustento com suas raízes no chão, os animais ou voando, nadando ou, como no nosso caso, caminhando.
As plantas procriam com sementes, nozes, frutas, os insetos e aves com ovos e larvas, os animais de sangue quente com filhotes,
Tese 2:
Todos os seres vivos do mundo vivem, movimentados por saciedade e fome.
A sensação de saciedade é associada à preguiça. Depois de uma longa busca por comida e possivelmente pouco sucesso na busca, esta pouca energia deve ser aproveitada ao máximo para sobreviver.
A preguiça depois de comer evita movimentos desnecessários, poupa energia e facilita a digestão.
A sensação de fome é associada à movimento. Obriga-nos a superar a preguiça e faz nós buscar comida. Na Idade das Cavernas, mulheres e crianças andavam para buscar comida na média uns 10 a 12 km por dia, homens uns 18 a 20 km. Com um a dois dias de descanso por semana, dependendo da situação da própria vida e da quantia de alimentação disponível (ver 8.).
Na ausência de fome real, permanecemos no modo de preguiça.
10.000 passos diários são o mínimo para ficarmos saudáveis, para controlar um Diabetes e para controlar o peso.
Tese 3:
O nosso corpo é um sistema ultra-econômico com a meta de sobreviver.
Para sobreviver em tempos de fome, nosso corpo tem muitas diferentes estratégias, mas nenhuma em tempos de fartura permanente para sobreviver com saúde.
O princípio essencial do corpo humano, válido ainda hoje, consiste em economizar energia para sobreviver a todo custo.
Seu lema: o que não existe não custa energia.
Caso que a energia produzida não for necessitada e gasta, o número de usinas produtoras de energia (mitocôndrias) será reduzido em todas as células do nosso corpo. No passado eram os tempos de fartura sempre curtos. Assim a redução temporária de energia não causava problemas maiores.
Em tempos de fartura interminável temos consequentemente uma redução permanente na produção de energia celular. A atividade e vitalidade de todas as células está comprometida, também a das células do sistema imunitário.
Entrando a célula numa vida reduzida, acontecem com o tempo mais e mais erros na leitura de genes e na fabricação de produtos celulares. A célula morrerá prematuramente ou pode degenerar em célula cancerosa.
Consequência: A vitalidade geral do corpo diminui. Isto leva às doenças civilizatórias.

O corpo precisa inflamação para seu conserto

Nosso corpo sabe se curar somente pelo caminho de inflamação.
Inflamação significa que, em sentido figurado, aparecem vários tipos de células especializadas, primeiro as células gari, depois os pedreiros, encanadores, gesseiros e pintores. Até que um dano esteja completamente consertado.
Você entende, nesta situação um medicamento anti-inflamatório somente atrapalha. Um analgésico simples como Dipirona não atrapalha. Em caso de intolerância use Paracetamol.
Só em caso das chamadas doenças auto-aggressivas, onde células do sistema imunitário “endoidado” agridem por erro próprias estruturas do corpo, o uso de um anti-inflamatório é indispensável, absolutamente necessário para frear a agressão indevida.
Inflamação é um processo que deixa todo ser vivo deste planeta envelhecer.
Quanto mais vivemos contra os próprios genes, mais conserto será necessário. Muita inflamação significa envelhecimento rápido.
No final, um pequeno aumento no nível de inflamação será suficiente, p.ex. uma virose. Aí o indivíduo morre.
Tese 4:
A redução de produção de energia e assim vitalidade celular provoca a chamada resistência à insulina e mais tarde o Diabetes.
O termo “resistência à insulina” significa que a glicose, o combustível celular, fica em quantia suficiente ou elevada fora da membrana celular, sendo a célula mesma mal alimentada: a própria parede celular dificulta a passagem da glicose (talvez uma explicação para o excelente apetite dos pré-diabéticos e diabéticos: as células deles choram por comida).
Como consequência, o pâncreas precisa fornecer mais insulina para superar a resistência. Isso funciona bem durante alguns anos (tempo do chamado Pré-Diabetes).
Individualmente, entretanto, mais cedo ou mais tarde o pâncreas se esgotará e o Diabetes mellitus se manifestará clinicamente.

A dieta dos nossos ancestrais exigia muito pouca insulina, já que a comida deles continha pouco amido e poucos açúcares

Insulina, o hormônio de engorda, é a chave para estocar açúcar de sobra em forma de gordura nas células apropriadas. Era usado no século passado por fazendeiros espertos para aumentar o peso dos seus animais de abate. Faz também as pessoas ganharem mais peso.
Cada quilo de peso corporal precisa de certa quantia de insulina, pessoas com muitos quilos precisam muita insulina. Por esta causa pessoas obesas vivem num estado de demais insulina, de “hiperinsulinismo”, mesmo ainda sem diagnóstico de Diabetes.
Insulina não é apenas a chave para abrir a porta de entrada da glicose na célula, é também um potente fator de crescimento.
Deixa tudo crescer que não deve. A insulina engrossa e enrijece p.ex. as paredes dos vasos, estressa o sistema cardiovascular, fertiliza o solo para o desenvolvimento de câncer.
Por isto não é saudável ser obeso. Muito peso corporal sobrecarrega os rins, que precisam desintoxicar mais sangue que previsto. Sobrecarrega o coração, que precisa bombear mais sangue que previsto. Sobrecarrega as articulações, cuja cartilagem já está amolecida devido ao aumento do nível de inflamação pelo estado corporal anormal e a falta de exercício (ver 3.).
Tese 5:
Somente músculos ativos permanecem saudáveis. Um músculo que fica sem trabalhar por mais tempo encurta, enrijece ou degenera.
Imagine-se um quadrúpede na sua frente, p.ex. um cavalo: cada músculo que um cavalo precisa para ficar parado de pé, para não bater com a cabeça no chão, para não deixar que as patas dianteiras e traseiras se dobrem, tende a encolher (musculatura estática). Cada músculo antagonista que neste momento não ou pouco trabalha, tende a perder substância, a atrofiar (musculatura dinâmica).
Reflexos como p.ex. os reflexos circulatórios serão igualmente reduzidos como resultado deste princípio de economia. Isso pode resultar em distúrbios circulatórios com tontura e tendência a queda, eventualmente com fratura. Especialmente após ficar sentado ou deitado por um longo tempo.
Exercício físico e alongamento diários evitam danos musculares e dor, evitam acidentes como quedas, deixa o cérebro mais ativo.
Tese 6:
O movimento involuntário de todos os músculos e articulações durante a busca de alimentos é geneticamente prevista. Uma pessoa em postura desleixada costuma sentir dor.

Uma cabeça bem posicionada acima do eixo do corpo pode pesar até 5 kg, em posição da cabeça ligeiramente inclinada, os músculos das costas superiores tem que suportar até 12 kg, a musculatura de usuários de smartphone p.ex. com posição da cabeça mais inclinada até 24 kg. Surge facilmente uma dor de cabeça crônica.
Para os quadrúpedes ficarem de pé, eles precisam dos seus músculos peitorais. Como músculos estáticos os peitorais tendem a encurtar e enrijecer.
Todos os reflexos de animal quadrúpede são ainda ativos em nos, pois vivíamos durante a maior parte do nosso desenvolvimento como quadrúpedes.
Caso que não movimentamos o nosso corpo como previsto para caminhar e buscar comida, o encurtamento dos peitorais deixa tudo dentro do ombro estreito e apertado, sobrecarregando ao mesmo tempo a musculatura que deixa nos com a cabeça erguida. A consequência é a dor em nuca e ombros e braços, finalmente resultará artrose.
Por excesso de trabalho formam-se na musculatura pontos-gatilho que se tornam ativos durante cada virose, intensificando a dor e aumentando a rigidez muscular.
Nossos passos encurtam devido ao encurtamento muscular, principalmente na velhice, mas a velocidade de movimentos fica praticamente igual e o peso corporal tende a aumentar.
A infeliz combinação pode levar facilmente à perda de equilíbrio com queda e possíveis consequências feias.
Mais e mais pessoas já reconhecem que atividade física é saudável.
Mas a maioria ainda, principalmente os idosos, movimenta-se só do umbigo para baixo. Do umbigo para cima o movimento quase sempre é mínimo. Isso resulta em encurtamento e rigidez muscular na metade superior do tronco, braços e pescoço, com consequente insuficiência postural e com dor, distúrbios nervosos, circulatórios, e outras moléstias.
Atividade física e alongamento diário evitam este encurtamento e assim a dor crônica.
Tese 7:
Discos vertebrais e cartilagem articular não têm seu próprio suprimento vascular. Funcionam como esponjas.

Cada movimento pressiona e depois relaxa os discos entre as vértebras, em cada segmento da coluna, da nuca até o sacro. Faltam pressão e relaxação acima ou abaixo, deixa isto os discos sem novo oxigênio e alimento. Aí as estruturas azedam (ácido láctico), as proteínas perdem a capacidade de segurar água, os discos vertebrais ficam ressecados e quebradiços.
Em consequência aparecem artrose e hérnias de disco com maior frequência.
Movimento da coluna toda exprime os líquidos ácidos e enche os discos com fluido fresco, rico em nutrientes e oxigênio.
Uma esponja cheia de água suja não limpa com um único aperto. A imitação voluntária da procura diária de comida, com seus movimentos mais variados, deixa todas as articulações e discos vertebrais em condições nutricionais ideais.
Com atividade física diária ficam todos os tecidos do corpo menos azedos, recebem bastante oxigênio e alimento, o que dificulta o desenvolvimento de câncer, pois câncer prefere um ambiente azedo com pouco oxigênio para seu desenvolvimento. E especialmente seus filhotes, as metástases, precisam acidez para se espalhar.
Tese 8:
A caminhada diária é essencial para manter a própria saúde, pois nossos genes ficam desde os últimos 100.000 a 70.000 anos a.C. praticamente inalterados.
Temos uma noção bastante precisa como nossos ancestrais viviam e o que comiam há 100.000 anos, pois nos últimos dois séculos foram feitos muitos estudos em povos que viviam ainda como na Idade das Cavernas.

Base era tudo que era comestível. Para beber tiveram somente água.
As culturas de grãos surgiram apenas 12.500 anos a.C. na região entre o Tigre e o Eufrates, a região do Iraque de hoje. Desde este tempo existe trigo. E a farinha era sempre integral.
Açúcar, tão caro quanto ouro, só podia ser comprado na Europa há 600 anos e, portanto, apenas pelos ricos.
Para a população europeia em geral, a era do açúcar começou somente no final do século XIX.
Açúcar, bebidas açucaradas e quantias absurdas de produtos de farinha fina ou integral são desconhecidos pelos nossos genes.
Muitos produtos industrializados contém frutose. Informe-se aqui sobre frutose.
Tire suas próprias conclusões à base dessas informações.
Cada um tem seu direito de viver como quer e como gosta. Mas viver contra os próprios genes, diminui a qualidade da vida e encurta-a desnecessariamente.
Ou sofremos por suar, treinamento físico e assim por imitação da vida dos nossos ancestrais ou por degeneração precoce com dor.
Os gregos da antiguidade já fizeram seus pensamentos sobre este tema. Aqui uma citação dos meus tempos de escola. De acordo ao sentido, infelizmente não consegui mais encontrar no original:
“Nós, humanos, somos como cães, amarrados pelo pescoço à carruagem do deus sol que se move vertiginosamente rápido pelo céu. Ou somos arrastados ou corremos alegremente ao lado da carruagem, entendendo que nossa única liberdade consiste em correr voluntariamente …”
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