Sobre Antibióticos

Sobre Antibióticos

como usar eles corretamente

 

Antibióticos são armas que podem perder sua ponta facilmente

O nome “antibiótico” é composto do latim anti (contra) e do grego bios (vida). Antibiótico significa então contra a vida. E é isto mesmo: o antibiótico deve matar germes perigosos que podem afetar a vida do indivíduo.

O nosso corpo é um planeta de numerosos micróbios.
Ele carrega por fora e por dentro mais bactérias que o corpo tem mesmo células: tomando em conta o número de células, o corpo humano consiste em 10% de células humanas e 90% células microbianas. A maioria destas bactérias convive com nós, se aproveita dos restos do nosso metabolismo e ajuda o corpo a se manter saudável (simbiose).
Qualquer uso de antibiótico é sempre uma agressão bruta a este conjunto todo, a esta comunidade.

 

Em contato com uma flora intestinal (microbiota) saudável desenvolve-se uma defesa corporal capaz e eficiente.

Lactobacillus – base de uma flora intestinal saudável

A natureza previu que o bebê ao nascer por parto natural se infecte com a flora vaginal da mãe. Essa consiste normalmente em bactérias do tipo Lactobacillus acidophilus. Este germe é a base de uma flora intestinal saudável. O leite materno ajuda a nova flora a crescer.

Somente após um ano de vida fica a flora intestinal do bebê mais estável e assim sua defesa.
Sabe-se, que só a necessidade de tratar um bebê com um antibiótico antes de completar o primeiro ano de vida, aumenta a chance de ganhar posteriormente alergias, asma e sobrepeso.

E que em todos nós, crianças e adultos, fatores como qualidade de alimentação, movimento corporal, tempo de sono, stress contínuo, peso corporal e até a hora do dia influenciam a composição e qualidade da flora intestinal.

Sabe-se hoje que assim muitas doenças tem sua causa original em uma flora intestinal alterada. Tem consequências para a saúde do corpo todo, do cérebro, coração e até dos rins. A causa é a diminuição da diversidade da flora intestinal e a seleção de germes menos favoráveis.
Cada uso de antibiótico afeta essa flora negativamente: a bactéria no intestino que sobrevive o ataque do antibiótico, muitas vezes não é o amigo. É como num jardim: sempre cresce a má erva antes da boa. Suspeita-se que uma disbiose permanente facilita a formação de câncer do cólon e inflamação dos rins (nefrite).

 

Antibióticos salvam vidas e evitam sofrimento desnecessário.

O médico responsável, antes de prescrever um antibiótico, faz sempre um exame corporal e uma avaliação cuidadosa.

O médico responsável evita assim um uso errado, que faz mais mal do que bem. O médico sabe que a grande maioria das doenças do dia-a-dia é causada por vírus de todo tipo. Sabe que um vírus está geralmente eliminado pelo sistema imunitário do corpo e não pode ser tratado com um antibiótico. Ao contrário: o maltrato da flora intestinal com um antibiótico pode enfraquecer a defesa e causar doenças secundárias.

Existem milhares diferentes vírus que são capazes de afetar os humanos. O número de novas viroses aumenta constantemente por invasão do homem em áreas antes nunca visitadas e pelo tráfego aéreo intenso, que espalha essas novas doenças rapidamente por todo o nosso planeta.

 

Bactérias vivem atacadas por outras bactérias, por vírus ou p.ex. pela defesa do ser humano. Tem estratégias sofisticadíssimas para sobreviver e transmitir seus genes às próximas gerações.
E. coli é o produtor da nossa vitamina K. Existem também formas patogênicas deste tipo de bactéria

Bactérias são capazes de trocar genes entre si ou incorporar genes de outras bactérias na própria genética. Isto se tornou um grande problema, porque o uso amplo de antibióticos por produtores agrícolas ignorantes ou maliciosos causa nos consumidores de produtos de carnes e peixes resistência a muitos antibióticos.

Dr. Kazuaki Miyagishima da Organização Mundial de Saúde (OMS) descreve, que em uns países até 80% dos antibióticos, relevantes para o tratamento da humanidade, são usados em animais saudáveis para provocar seu crescimento maior.
É bom comprar carne somente em açougues da sua confiança, que conhecem o lugar da produção da carne que eles vendem.

Também o uso de um antibiótico ingerido sem exame prévio do médico vai no mesmo sentido: o paciente usa um antibiótico, que talvez foi prescrito contra outra doença ou recomendado pelo vendedor da farmácia ou por leigos, em dose inadequada sem consulta prévia. Como resultado a flora intestinal aprende como se defender contra este antibiótico, transmite a informação na próxima oportunidade aos novos micróbios nocivos recém chegados.

 

Resulta a resistência a antibióticos que um indivíduo talvez precisa para salvar a própria vida

Os casos de resistência contra antibióticos aumentam dramaticamente, especialmente nas UTIs dos hospitais, onde pacientes morrem desnecessariamente por falta de um antibiótico eficiente.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou em novembro 2017 aos médicos do mundo todo com palavras fortes, que o uso indiscriminado de antibióticos nos casos desnecessários deve ser bastante reduzido porque estamos praticamente já com as mãos vazias, sem ter arma para defender o paciente. A indústria farmacêutica não é capaz de desenvolver novos antibióticos com a mesma rapidez como outros se invalidam.

 

Claro, são essenciais entendimento e colaboração de pacientes inteligentes, especialmente de leigos, para alcançar este fim.
Cada pessoa deve usar um antibiótico somente após exame e e prescrição médica. O sentido é fazer pouco dano ao próprio microbioma. Cuide assim de sua saúde!

 

Talvez todas estas pílulas não fazem mais efeito

 

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