Parasitose intestinal, gastrite e refluxo

Parasitose intestinal, gastrite e refluxo

Porque tratar a parasitose intestinal cada 6 meses?

 

Muitas pessoas vivem com dores crônicas de estômago e barriga, usam Omeprazol ou outros medicamentos sem resolver.
Aconselho voltar ao velho costume de usar cada seis meses automaticamente um antiparasitológico, junto com todos os membros da sua família (inclusive seus animais de estimação), evitando assim reinfecções imediatas pelo efeito ping-pong.

 

Ancylostoma duodenale

Explicações:
Parasitos no intestino, geralmente adquiridos por mãos contaminadas com bactérias fecais ou água suja, são mais frequentes na zona tropical, especialmente num ambiente com deságue, drenagem de água de esgoto e canalização precários.
Como resultado encontram-se parasitos de todo tipo não somente nos intestinos de animais de rua e do campo, senão também no intestino dos humanos e seus animais de estimação.

Parasitos se aproveitam da comida que nos comemos, de vitaminas e minerais, e uns atacam também o dono mesmo, chupando o sangue dele (p.ex. o ancilostoma duodenale, necator americanus; veja imagem ampliada do lado). Ou eles formam cistos no fígado e outros órgãos, como p.ex. a taenia echinococcus granulosus.

Se o nosso corpo não tem tudo que precisa para se manter, ele não funcionará normalmente. Doenças por deficiência nutritiva como nervosismo, refluxo, anemia, coceira no anus, subdesenvolvimento de crianças, fraqueza do sistema imunitário ou doenças bem mais sérias podem resultar.

 

Os parasitos podem provocar dores intestinais crônicas, refluxo, diarreias ou constipação, perda de peso.

Quando trabalhei a primeira vez no Brasil no começo dos anos oitenta, no estado do Piauí, foi uma das primeiras frases, que meu colega médico me ensinou: “Cada brasileiro e cada estrangeiro toma cada seis meses um medicamento para vermes, para vermes visíveis e para vermes invisíveis.”

Bom, aceitei a frase. Dois meses depois este mesmo colega teve de se submeter a uma cirurgia de vesícula. Foi para a capital Teresina e mandou no pré-operatório examinar provas frescas das fezes dele, durante três dias diferentes. Estes exames acusaram nada.
O colega submeteu-se então à cirurgia. Dois dias depois da cirurgia ele passou um pouco mal, teve febre. Aí saiu um grande verme (Ascaris lumbricoides) pelo nariz dele.

Ao saber desta história aprendi realmente: se um paciente dá três provas de fezes bem frescas em três dias diferentes, para serem examinadas por pessoal experiente, e estas provas não acusam nada, posso dizer com toda firmeza: nestas provas não tem parasito intestinal.
Mas não posso dizer: no intestino deste paciente não tem parasitos.

 

Um tratamento simples, barato e eficiente. Não tome álcool durante o tratamento

Por esta razão acho necessário voltar aos costumes de então. Vejo que muitos pacientes usam continuamente medicamentos como Omeprazol, Pantoprazol, Rabeprazol e ou outros “zol” (inibidores de bomba protônica) por causa das mais diversas moléstias intestinais, sem serem realmente melhorados ou curados.

 

O estudante de medicina aprende na matéria farmacologia, que o uso de Omeprazol, Pantoprazol e outros -zol está restrito para um máximo de 10-14 dias.
O uso contínuo deste tipo de medicamentos está previsto somente para poucas indicações.

A função deste tipo de medicamento é parar a produção de ácido estomacal.

 

 

O diagnóstico “refluxo” está muito frequente na nossa região. Quase ninguém dos meus pacientes lembra, quando usou a última vez um antiparasitológico. As respostas mais frequentes: “deve ter sido quando era criança” ou “nunca”.

 

Aprenda:

  • Uma alimentação adequada com menos açúcar, massas e álcool já diminui um refluxo.
  • A falta de vitamina B12, comida predileta dos parasitos intestinais, dificulta o fecho anatômico entre esôfago e estômago, facilita assim o refluxo.
  • Eliminação regular dos parasitos, seguida de substituição com vitaminas do complexo B pode eliminar o refluxo.
  • Pessoas idosas tem frequentemente deficiência de vitamina B12 por dificuldade de reabsorver a vitamina devido à mastigação dificultada e / ou reabsorção no intestino. Passar a comida pelo liquidificador já pode melhorar a reabsorção. As pessoas com dificuldade de reabsorção intestinal tem bom proveito de vitamina B12 injetado num músculo.

 

O ácido estomacal é necessário para uma boa pré-digestão, para a reabsorção de certas vitaminas e minerais e – em caso de doença – certos medicamentos.

Os PPI fazem desaparecer a barreira entre o mundo exterior e o mundo interior

A diminuição ou falta total do ácido favorece o crescimento anormal de bactérias no intestino superior, bactérias, que vivem normalmente na boca dos humanos ou no intestino grosso (small intestinal bacterial overgrowth). Com consequências nocivas como fraqueza do sistema imunitário, frequentes doenças intestinais, alergias e doenças inflamatórias dos rins. Também mais fraturas ósseas e mais dores nos membros e articulações, causadas por inflamações no intestino, cientificamente chamado leaky-gut-syndrome  (síndrome do intestino com vazamento, síndrome do intestino poroso). Agora sabe-se que também doenças cardíacas aparecem mais frequente após um uso de Omeprazol, Pantoprazol etc. Veja os estudos aqui, aqui e aqui.

 

 

Aqui as cinco medidas mais eficientes para diminuir refluxo

  1. Peso normal (índice de massa corporal entre 20 e 25). Este fator é o mais importante
  2. não fumar
  3. atividade corporal diária moderada até forte
  4. consumo de até duas xícaras de café
  5. alimentação balanceada com pouco açúcar e pouca carne vermelha

 

Em resumo uma mudança no estilo de vida. O estudo original você pode ler aqui.

 

 

Ajude seus amigos a ficar informados também

Artigos relacionados