Quer emagrecer? – Parte 3: 8/16, o jejum intermitente

Quer emagrecer? – parte 3: 8/16, o jejum intermitente

Uma forma fácil de manter a própria saúde

 

“Atividade física deve ser praticada hoje como comer, beber, trabalhar, descansar” (minha filha Ana Mirian)

 

Dois ratinhos que receberam a mesma quantia de calorias. A esbelta podendo comer somente durante oito horas do dia, a obesa durante o tempo que queria

O jejum como forma de manter a própria saúde existe em todas as culturas desde a antiguidade. Sempre era considerado uma atitude de se manter saudável.

Ao contrário a medicina moderna: durante muito tempo ela considerava o jejum desnecessário, coisa de esotéricos, uma forma de autopunição meio estranha ou até perigosa.

Com a intenção de avaliar o valor de antigos métodos de medicina novos estudos encontraram resultados surpreendentes:

Ficar em jejum durante um tempo parece um estado normal para cada ser vivo do reino animal e vegetal. Fazia também parte da vida natural dos nossos antepassados.

E por ser normal não tem efeitos nocivos para o indivíduo, ao contrário, tem efeitos saudáveis. Para todas as idades. Parece lógico, já que tempos de fome sempre existiam, interrompidos por épocas de fartura também sempre curtas demais.

 

Não espere do jejum intermitente maior vantagem para perder peso em comparação com outras formas de dietas

Ficar em jejum durante várias horas mostra efeitos metabólicos bastante favoráveis para nosso organismo, causados aparentemente pela formação de corpos cetônicos com seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes. Por estudos com animais sabe-se que corpos cetônicos provocam a formação de novas células nervosas no cérebro, melhorando assim o empenho em aprender e memorizar.
Não se preocupe: o estado fisiológico de cetose não tem nada a ver com a temida cetoacidose do díabético, causado pela falta absoluta de insulina.

 

Os nossos genes não são adaptados a um tempo interminável de fartura.

A ciência tenta buscar soluções, preocupada com o devastador aumento das chamadas doenças civilizatórias como obesidade, pressão alta (hipertonia arterial), Diabetes mellitus tipo 2, câncer, doenças auto-agressivas,  depressão, ansiedade, doenças degenerativas de articulações e esqueleto.
Nos últimos 30 anos aprendemos mais e mais sobre a situação do corpo em estádio de fartura permanente.

 

Não coma de três em três horas – este horário somente serve para recém-nascidos

Só em diabéticos com uso de insulina e glicemia muito instável era o regime de comer de 3 em 3 horas introduzido nos anos oitenta do século passado. Este regime era um fracasso total: Infelizmente os diabéticos não se contentaram com uma maçã, uma cenoura ou um iogurte como lanche. Comeram cada vez até se saciar. O resultado esperável: eles engordaram muito.

Dica:  A política de comer de três em três horas é abandonada, obsoleta, não é mais atual.

Não somente para diabéticos, senão também para todas as pessoas, sem ou com esta doença. A política de comer de 3 em 3 horas deixa todas as pessoas com o tempo obesas.
Todo mundo sabe que obesidade é um dos riscos importantes para adoecer de Diabetes.

A única exceção: recém-nascidos até uma idade de aproximadamente oito meses, pois nesta idade o organismo não está ainda bastante estável e o bebê precisa crescer muito. Depois os intervalos de alimentação aumentam também para bebês.

 

A fartura permanente é nociva para um indivíduo que ainda está programado a estocar energia a qualquer custo para sobreviver na próxima época de fome.

Em tempos de fartura permanente um intervalo sem comer é tão importante como a qualidade dos alimentos.

Em estado de fome verdadeira o organismo queima todo tipo de energia para sobreviver, independente da origem ou qualidade. Tudo é muito bem vindo para manter a vida. Mas em tempo de fartura permanente o corpo começa ser mais exigente, escolhe somente o melhor.
Em sentido figurativo, deixa restos não queimados em várias gavetas e esquinas da casa e do quarto.

Cada tipo de jejuar é saudável, jejuar durante horas, durante um dia ou jejuar durante dias dentro de uma semana. Observa-se efeitos saudáveis durante todo tipo de jejuar, modificações favoráveis no metabolismo pelo processo de autolimpamento e desintoxicação das células (autofagia). Observa-se também uma perda moderada de peso.

Pessoas que comem pela manhã e meio-dia e não comem mais depois das 16 horas, tem uma vantagem ainda maior respeito à perda de peso. Isto se explica pelo nosso biorritmo, os relógios internos que cada célula de um ser vivo tem.

Pela autofagia o corpo induz uma limpeza geral no corpo, uma decomposição e redução de proteínas inúteis, mitocôndrias defeituosas, células de defesa estragadas ou velhas, partículas restantes de bactérias e vírus. O corpo induz assim seu próprio rejuvenescimento.

O jejum clássico, diferente do jejum intermitente, é praticado anualmente durante sete a dez dias. Jejuar assim sempre com acompanhamento médico. O corpo precisa muito líquido em forma de água, chá e caldo de verduras para compensar perdas de vitaminas e minerais que o corpo necessita. Bastante líquido é preciso também porque o corpo começa queimar seus depósitos de gordura, seus lixões, onde sustâncias tóxicas são depositadas e agora de repente liberadas pelo jejum. Sem bastante líquido estas podem sobrecarregar os rins e levar a doenças renais.

 

Poucos querem praticar anualmente um jejum de uma semana.

Na vida cotidiana não existe tempo de sobra. Mais fácil e mais saudável que uma forçada ação anual é uma pequena ação diária. Em consequência a ciência tenta encontrar formas de jejum mais suaves, mas eficientes e praticáveis nos dias úteis de cada semana.
Aí estamos no jejum intermitente, a forma de jejuar mais eficiente e saudável.

Oito horas comer a vontade e dezesseis horas somente tomar líquido é saudável

Jejum intermitente p.ex. 8/16 significa que um indivíduo come suas refeições habituais dentro de 8 horas do dia e durante os restantes 16 horas toma somente água, chá ou café, sem açúcar e sem leite. É fácil, após dois a três dias você será acostumado a viver seu dia normal sem falta de alguma coisa.

Dependendo do próprio gosto o café da manhã é para um o mais importante, para outro o almoço e a janta com a família.
Assim um calcula suas oito horas a partir do café da manhã e “oferece a janta aos seus inimigos” (dica chinesa), outro toma somente o café da manhã sem açúcar e leite, sem frutas, tapioca ou pão e começa seu horário de oito horas com o almoço.

Existem outras formas de jejum intermitente como 10/14 ou 12/12, mas o cientificamente mais avaliado é este de 8/16.

Nos tempos de jejum, de “fome”, quando a pessoa somente toma água, café ou chá sem açúcar e leite, o corpo, em sentido figurativo, procura comida em todas suas gavetas, arruma a própria dispensa, consume todos os restos que encontra dentro dos vasos e capilares, do interstício e das células. Quer poupar assim os depósitos valiosíssimos de gordura para os tempos de fome.

Mais e mais estudos sérios comprovam que assim a chamada Inflamação Silenciosa diminui no corpo. Esta Inflamação Silenciosa é necessária para consertar todos os pequenos estragos que acontecem no corpo, mas é também a causa de envelhecimento e por fim da morte de cada ser vivo. O jejum intermitente, associado à comida saudável e atividade física diária, é assim uma fonte de juventude para nós humanos, atrasa o envelhecimento e evita muitas doenças civilizatórias.
Viver saudável é a melhor forma de diminuir reparos necessários no corpo. Usar um anti-inflamatório como p.ex. Ibuprofeno, Diclofenac, Piroxicam ou Meloxicam freia as tentativas do corpo de se consertar. Anti-inflamatórios são só necessários, quando uma defesa endoidada por erro ataca e tenta destruir estruturas do próprio corpo.

O jejum intermitente não é só bastante proveitoso para manter o peso adequado – veja o ratinho esbelto acima que não comeu menos calorias que o ratinho obeso. Dificulta a chegada ou acalma doenças civilizatórias como o Síndrome Metabólica / Pré-Diabetes, a Artrite Reumática e doenças neurodegenerativas como a Esclerose Múltipla. Isto por melhorar a resistência à insulina no corpo e diminuir assim a chamada Inflamação Silenciosa.

 

PARA DIABÉTICOS O JEJUM INTERMITENTE NÃO ESTÁ INDICADO SEM ACOMPANHAMENTO MÉDICO

Existe o perigo de hipoglicemia em diabéticos com uso de medicamentos como Insulina ou Sulfonilureias (Glibenclamida, Gliclazida ou Glimepirida). A hipoglicemia, possivelmente induzida por estes medicamentos, pode matar ou deixar demente.

 

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